![](http://photos1.blogger.com/blogger/1926/2879/320/pisac0505_2.jpg)
![](http://photos1.blogger.com/blogger/1926/2879/320/blog173bananagirlquito02.jpg)
No começo do século, os donos dos pongos, índios dedicados aos serviços domésticos, ainda os ofereciam em aluguel através dos jornais de La Paz. Até a revolução de 1952, que devolveu os índios bolivianos o esquecido direito à dignidade, os pongos comiam as sobras das comida do cachorro, com quem dormiam lado a lado, e se curvavam para dirigir a palavra a qualquer pessoa de pele branca.
Os indígenas foram bestas de carga para levar nas costas as bagagens dos conquistadores: as cavalgaduras eram escassas. Até hoje, podem ver-se, por todo altiplano, carregadores aimarás e quéchuas levando enormes fardos até com os dentes em troca de um pão duro.
![](http://photos1.blogger.com/blogger/1926/2879/320/boliviano.jpg)
A neumoconiosis foi a primeira doença profissional da América, atualmente, quando os mineiros bolivianos completam 35 anos de idade, seus pulmões já se negam a continuar trabalhando: o implacável pó de silica impregna a pele do mineiro, racha-lhe o rosto e as mãos, aniquila-lhe os sentidos do olfato e sabor, e conquista-lhe os pulmões, os endurece e os mata.
Os turistas adoram fotografar os indígenas do altiplano vestido com suas roupas típicas. Mas ignoram que a atual vestimenta indígena foi imposta por Carlos III em fins do século XVIII. Os trajes femininos que os espanhóis obrigaram as índias a usarem eram calcados nos vestidos regionais das camponesas da Extremadura, Andaluzia e país basco, e o mesmo ocorre com os penteados das indígenas, repartidoas no meio, imposto pelo vice-rei Toledo.
Os espanhóis estimularam intensamente o uso de coca. Era um negócio esplendido. No século XVI, gastava-se tanto em Potosí, em roupa européia para os opressores como em coca para os índios oprimidos. Quatrocentos mercadores espanhóis viviam, em Cuzco, do comércio de coca, nas minas de Potosí, entravam anualmente cem mil cestos com um milhão de quilos de folha de coca. A Igreja cobrava impostos sobre a droga. O inca Garcilaso da la Veja nos diz, em seus "comentários reias", que a maior parte da renda do bispo, dos conegos e demais ministros da igreja em Cuzco provinha dos dízimos sobre a coca, e que o transporte e venda deste produto enriqueciam a muitos espanhóis. Com as escassas moedas que obtinham em troca de seu trabalho, os índios compravam folhas de coca em lugar de comida, mastigando-as podiam suportar melhor , ao preço de abreviar a própria vida, as tarefas mortais que lhes eram impostas. ( trechos do livro Veias Abertas da América Latina de Eduardo Galeano).
1 Comments:
cara...
tivi na comunidade de macchu picchu e me chamou a atenção os seus comentariosss...
dae entrei no seu blog,,mto legal cara,,mto bom mesmo,,vários informações,,,
estou afim de ir agora em 2007, no inverno,,
se puder me dar algumas dicas, eu seria grato..
meu email é tineu22@hotmail.com , tava querendo algumas informaçoes sobre o roteiro, custoss e etc...
vo partir do Rio..
desde ja agradeço..
Parabéns ae pelo blog..
um abraço!!
5:57 AM
Post a Comment
<< Home